Comunidade unida a Polícia Militar é o que garante segurança pública

Encontro entre membros da UPMSI e PM visa construir diálogos e ações que garantam baixa de criminalidade no bairro

Com o objetivo de engajar a comunidade nas ações da Polícia Militar, membros da Associação Comunitária do Santa Inês (UPMSI) se reuniram com o tenente Luiz Fernando Rosa de Oliveira, da 23º Cia, localizada no bairro Santa Inês, no dia 2 de agosto.

Durante o encontro, o presidente da UPMSI Paulo Cesar Santos (PC) apresentou algumas demandas que traduzem os anseios atuais dos moradores do bairro no contexto da segurança pública e que também envolvem a interdisciplinaridade com outros setores. É o caso da necessidade de redutor de velocidade na via 710 e em outros locais do bairro.

Mesmo com a obra da 710 finalizada, alguns gargalos podem ser observados e a ideia seria uma parceria entre a associação e a PM para reivindicar sinalização na via em benefício da segurança também no trânsito, tanto para pedestres quanto para motoristas: “A possibilidade de ocorrer acidentes é alta visto que os carros passam muito rapidamente e existem curvas na pista, o que dificulta até mesmo estacionar, além de atravessar a via e entrar e sair com os carros dos locais”.

Outro assunto relevante tratado durante a reunião foi sobre a rede de vizinhos. O projeto teve início no Santa Inês a quase 10 anos, mas perdeu o engajamento com o passar dos anos. A ideia é retomar a aproximação entre a comunidade e a PM por meio de encontros mediados pela UPMSI. O tenente Luiz Fernando ressalta que existe um conceito chamado “sensação de segurança ou de insegurança” que leva em consideração o sentimento das pessoas. Se houver uma ocorrência e alguém repetir que o crime está acontecendo com frequência, gera –se uma sensação de insegurança em cadeia, mesmo não sendo um fato. Do contrário, se um policial inicia uma série de diálogos esclarecedores, demonstrando números e a realidade dos crimes factuais em locais específicos, gera-se a sensação de segurança. “A aproximação com as pessoas é a melhor maneira de gerar a sensação correta, compatível com a realidade”, esclarece o tenente.

O tenente garante que na região leste o índice de criminalidade está em queda com relação ao ano passado. Os números caíram bastante durante a pandemia e mantém a queda no período pós-pandêmico. De acordo com dados da PM e da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, no primeiro semestre do ano passado (janeiro a julho), na região leste foram registrados 554 crimes violentos. A regional centro-sul ficou no ranking da estatística com mais de 1000 ocorrências. Os dados abertos dos crimes violentos deste ano e do segundo semestre do ano passado em Minas Gerais podem ser acessados pelo site do Governo do Estado de MG.

É considerado Crimes Violentos: soma dos registros de Estupro Consumado; Estupro de Vulnerável Consumado; Estupro de Vulnerável Tentado; Estupro Tentado; Extorsão Consumado; Extorsão Tentado; Extorsão Mediante Sequestro Consumado; Homicídio Tentado; Roubo Consumado; Roubo Tentado; Sequestro e Cárcere Privado Consumado; Sequestro e Cárcere Privado Tentado e Homicídio Consumado (registros).       

Teoria das oportunidades

O comportamento da vítima é decisivo para que haja uma ocorrência criminal consumada. Existem estratégias para se evitar um crime e a aproximação da polícia com a comunidade reforça o viés de que as pessoas precisam acatar as táticas ensinadas pela PM.  

Possível saída da 23º Cia da polícia militar do bairro Santa Inês 

O presidente da UPMSI, PC, repassou a preocupação da comunidade com a suposta mudança de local da CIA, já que a PM se faz presente no Santa Inês a muitos anos. No entanto, de acordo com o Tenente Luiz Fernando não há informação oficial sobre uma possível mudança da 23º Cia para outra localidade em BH e que essa seria uma decisão que cabe ao comando de batalhão. O comandante ressalta ainda que, a nível pessoal, o boato nem sequer chegou aos seus ouvidos. “A conversa que a gente escuta e que não é oficial são suposições apenas de que outros lugares poderiam ser melhores para o funcionamento da CIA”.  A 23º Cia possui 4 setores e é uma das 4 pertencentes ao 16º Batalhão da PM.    

Foto destaque;

Membro do Conselho Superior da UPMSI Sr. Manoel Divino Lopez, presidente da UPMSI Paulo Cesar Santos e tenente Luiz Fernando Rosa de Oliveira durante reunião na 23º Cia da PM