Ginásio URC é também espaço para o treino de Bocha

Conheça a história da jornalista e palestrante motivacional que é também atleta da modalidade esportiva

Observadora, sensível e comunicóloga inata. Mesmo a síndrome que a limitou fisicamente aos 4 anos de idade não a impede de se realizar plenamente em todas as atividades propostas. Ao contrário, a doença degenerativa é um desafio vencido dia após dia com garra, determinação e fé na vida. Essa é Amanda Alether, 24. A jornalista, publicitária e atleta paralímpica de Bocha, classe BC3, está há alguns meses “dando o ar da graça” no clube URC três vezes por semana. Ela vai para o ginásio do URC acompanhada do seu pai às segundas, quartas e sextas para treinar estratégias, dinâmica e precisão de jogo. “O clube foi um achado! Por ser perto de casa facilita o acesso aos treinos”.

Na verdade, ela é que é um achado e os diretores do URC se orgulham de poder contribuir com a rotina de uma guerreira: “ o setor recreativo da UPMSI tem como missão proporcionar lazer, esporte e cultura não apenas para o associado, mas também descobrir e acolher todos os potenciais da comunidade”, esclarece o presidente da UPMSI, Paulo Cesar, o “PC”.

Amanda é também palestrante motivacional. O talento e a força pessoal não são características apenas demonstradas em seus textos jornalísticos e narrativas bem escritas sobre o cotidiano, são, acima de tudo, transformadores e multiplicadores. Por onde passa para palestrar, sente que foi compreendida e sua maior alegria é proporcionar alegria: “Estou chegando a 100 palestras motivacionais. Já ministrei em escolas, faculdades, empresas, times de futebol, entre outras organizações. Inspirar e motivar as pessoas é uma experiência incrível. Poder ver que as pessoas se sentem felizes após minhas palestras é algo inexplicável”, comenta Amanda.

A atleta também treina no espaço do Programa “Superar”, da Prefeitura Municipal de Beagá -PBH. Foi por meio do programa que a jornalista conheceu a bocha, esporte do qual pratica há 8 anos.

Durante esses anos, a jornalista participou de vários campeonatos. O último foi a IV Copa APEBH de Bocha Paralímpica, em novembro de 2019, organizado pelo Programa Superar. Para este ano, a expectativa dela é poder participar novamente do campeonato brasileiro de bocha e obter melhor posição, pois tem se destacado com equipamentos feitos em casa e bolas nacionais.

Amanda é grata pelo incentivo que recebe dos seus familiares e amigos: “eles estão sempre me apoiando e dando o suporte necessário”.  E foi contando com o apoio de todos que se formou em jornalismo pela PUC-MG no mês de dezembro de 2019. Ela conta que escolheu essa profissão por redigir bem textos. Nutri o desejo de trabalhar como redatora em editorias esportivas. Apesar de considerar que o mercado nessa área não é muito amplo em Belo Horizonte, tem boas expectativas.

 

O esporte

A Boccia é uma competição onde o atleta lança bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack). A Boccia já rendeu oito medalhas ao Brasil nos Jogos Paralímpicos. Os atletas brasileiros de ponta adquiriram equipamentos importados e com a tecnologia mais avançada que existe, trazidos por quem conhece da modalidade.